Ela foi eleita para comandar uma
cidade do sertão nordestino em 1927, quando as mulheres nem tinham direito a
voto no resto do País
Luiza Alzira Teixeira Soriano nasceu no dia 29 de
abril de 1897 e faleceu no dia 28 de maio de 1963, em Jardim de Angicos, Rio
Grande do Norte.
Casou-se em 29 de abril de 1914, ao completar 17
anos,
estava com apenas 22 anos quando o marido, Thomaz Soriano de Souza, morreu de
gripe espanhola. Tinha duas filhas, estava grávida da terceira e, da noite para
o dia, coube a ela administrar uma fazenda, a Primavera, no sertão do Rio
Grande do Norte. Entre as novas tarefas, Alzira passou a coordenar a lida de
vaqueiros.
“Embora fosse muito nova, ela tocou a
fazenda, com tudo o que isso podia significar na década de 1920, no sertão
nordestino”, conta o jornalista Rudolfo Lago, bisneto de Alzira. “Foi a
personalidade forte dela que chamou a atenção das sufragistas”, completa,
referindo-se à indicação de Alzira para disputar a prefeitura da cidade de
Lajes.
Em 1928, aos 32 anos, disputou as eleições para Prefeito, pelo Partido Republicano, no Município de Lajes, Rio Grande do Norte, com Sérvulo Pires Neto Galvão, vencendo o referido Pleito com 60% dos votos. Vale ressaltar que as brasileiras só teriam direito a voto quatro anos mais tarde, pelo Código Eleitoral de 1932, mas uma lei estadual abriu uma brecha para a candidatura feminina: “No Rio Grande do Norte poderão votar e ser votados, sem distinção de sexos, todos os cidadãos que reunirem as condições exigidas por esta lei”.
Em 1928, aos 32 anos, disputou as eleições para Prefeito, pelo Partido Republicano, no Município de Lajes, Rio Grande do Norte, com Sérvulo Pires Neto Galvão, vencendo o referido Pleito com 60% dos votos. Vale ressaltar que as brasileiras só teriam direito a voto quatro anos mais tarde, pelo Código Eleitoral de 1932, mas uma lei estadual abriu uma brecha para a candidatura feminina: “No Rio Grande do Norte poderão votar e ser votados, sem distinção de sexos, todos os cidadãos que reunirem as condições exigidas por esta lei”.
Tomou posse em 1º de janeiro de 1929, tendo, assim,
se tornando a primeira Prefeita eleita no Brasil e na América Latina. A notícia saiu
até no The New York Times, na edição de 8 de setembro de 1928.
À frente de um gabinete formado apenas por homens, Alzira investiu em obras de infraestrutura, como estradas e iluminação pública, mas ficou pouco tempo no posto. Com a Revolução de 1930, Alzira Soriano perdeu o seu mandato, por não concordar com as normas ditatoriais do Governo de Getúlio Vargas, voltando à vida pública junto com a redemocratização de 1945.
Em 1947, voltou a exercer um mandato de Vereadora do
Município de Jardim de Angicos, cargo para o qual foi eleita três vezes pelo
União Democrática Nacionalista – UDN.
Naqueles
tempos, ela nem sonhava que em 2016 mais de 30% dos candidatos a prefeito e
vereador do Brasil seriam mulheres.
Casa que Alzira Soriano morou em Lajes
Alzira Soriano virou notícia
Casa de Alzira Soriano, em Jardim de Angicos, vira Museu
Busto de Alzira Soriano - praça em Jardim de Angicos
Ivonilde - filha de Alzira Soriano
Fonte: Google.com